terça-feira, 30 de junho de 2009

#3 Dá que pensar

Porque é que toda a gente foi da turma com pior comportamento da escola secundária?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quando for grande

Também quero ter uma camisa aos quadrados, com bolso do lado esquerdo, para meter o maço de tabaco e uma esferográfica.

sábado, 13 de junho de 2009

LOL

Costumo ir a um bar onde tem tocado uma versão da Ao Ritmo do Meu Flow (Flow 212) que não tem a voz dos mc's.


Porque será?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Freestyle #2

Gostei mais da nova edição da Freestyle que do primeiro número, bastante menos completo a nível de conteúdos. Há já algum tempo que não folheava uma revista com tanta vontade e rapidez.

Por outro lado, parece-me claro que a direcção/redacção "fixa" (por assim dizer), parcialmente ou na sua totalidade, é constituída por outsiders (posso estar errado). Tecnicamente falando, é praticado um bom jornalismo mas é notória uma certa superficialidade nas ideias. Todas as entrevistas me despertaram interesse, sem excepção, a maior parte delas porque os visados souberam contornar a banalidade das perguntas e responder de forma cativante.

Não tenho nada contra os senhores em si, muito pelo contrário, até porque a lista de colaboradores é extensa e complementa o trabalho directivo, também ele necessário. Claro que se corre o risco de tentar desmistificar a questão "underground vs. comercial" e, ainda assim, referi-la sistematicamente em entrevistas, editoriais e até na capa (da qual não gostei particularmente, apesar da ideia ser boa). Ignorar uma polémica é o melhor caminho para acabar com ela, postura completamente oposta à da Freestyle.

Como eu também sei dizer bem, é de louvar o facto da revista reflectir em várias das suas secções o enorme crescimento de que o street rap tem sido alvo em Portugal. O público quer, tal como demonstra o top do myspace Urban Sounds, a revista dá.

A própria expansão do street rap é merecedora de nota. Cada vez há mais e melhores artistas (depois de vários anos em que o Chullage foi dos poucos bons representantes do estilo) e a/o Hip Hop Sou Eu enquanto editora, programa de rádio e promotora de eventos tem desempenhado um papel exemplar. Este é um boom que se deve não só à oferta mas também à procura; aposto que são muitas as pessoas, com as quais acabo por concordar, que estão fartas de todo este rap demasiado artificial e, acima de tudo, metodizado de hoje em dia e que cada vez dão mais valor à sonoridade clássica, crua e à realness (parece treta, eu sei). À música criada instintivamente, não em laboratório. Desde que bem feita, claro.

#2 Dá que pensar

Porque é que em Portugal surgem SEMPRE suspeitas da então doença da moda e NUNCA se confirmam?

#3 O hiphop chega ao fundo do poço quando...

... a canalha vai ao myspace dos mc's dizer "novo som, vem ouvir e dá a tua opinião" sem sequer comentar as músicas do alvo escolhido.

(É lata a mais e é uma péssima estratégia de marketing, capiche?)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

NRA

À excepção da faixa gravada no A Milli (não é um beat fácil de domar, sem dúvida), ando a sentir as cenas do NRA, um completo newcommer. Não se pode dizer que as letras dele sejam surpreendentes e que tenha uma técnica imaculada, longe disso, mas tem apresentado um extremo bom gosto na escolha dos instrumentais. Também a cadência absolutamente chill com que rima e se adapta a cada um deles se torna cativante - a voz ajuda.

A mixtape 10th Wonder, gravada no estúdio Konpasso e mixada pelo enorme X-Acto, serve de estreia a NRA e já se encontra à venda por 5 euros. Tendo em conta o preço convidativo, muito provavelmente vou adquiri-la e formular um julgamento mais consistente deste rapper que tenho vindo a apreciar.

Isto depois de ter desistido da compra do Outros Tempos (deixo essa temática para um próximo post, bem como uma opinião alargada da Freestyle #2).

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Taxi driver

No sábado à noite, depois de deixar escapar milhentas boleias e todo e qualquer transporte público com o único pretexto de ficar menos e menos sóbrio, lá tive que apanhar um taxi. Calhou-me na rifa um taxista filósofo/sindicalista que levantou uma questão que me deixou a reflectir:

"(...) onde é que as mulheres taxistas mijam e cagam a estas horas da noite?".

Why so serious?

Que desilusão me saiu o Relapse. Em poucas palavras: fala demasiado de anti-depressivos, a "pronúncia indiana" domina quase todo o álbum e estraga demasiados bons flows, a fórmula Eminem mc + Dre produtor (prefiro nem falar no Eminem beatmaker) já cansa.

O Dre produz muito bem, ok, mas ouvir o Eminem com o mesmo tipo de sonoridade 10 anos seguidos cansa um bocado. Cheira-me que se ele experimentasse outros voos só tinha a ganhar, o homem ainda tem talento, não há motivo para que não soe fresh. Ele merece, os fãs merecem - ou o patrão fica chateado?

Igualmente estranho é ouvi-lo demasiado sério do início ao fim do cd. Onde é que anda o Eminem que divertia os ouvintes, que estava tão fodido da vida como agora mas que sabia gozar com isso e fazer músicas deliciosamente estúpidas sem esquecer a seriedade do tema? É por isso que a minha faixa favorita do novíssimo Relapse é a número 4, Insane. Completamente Slim Shady, desde o beat ao tom de voz utilizado, sem esquecer a letra. Impecável, 5 estrelas, 100%, um brinco, daqui.

Tirando isso, ouve-se bem e tem 3 ou 4 sons bastante fixes. Que remédio.