sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quem conhece...

... o BlackMastah deve ter achado normalíssimo vê-lo aos saltos no vídeo do Skunk, todo contente da vida. De certeza que ele se estava mesmo a divertir como se não houvesse amanhã. Já o Bomberjack mete pena, de certeza que se contam pelos dedos as vezes em que se riu ao longo da vida.

Mas fixe fixe é o facto do Wordsworth ser um dos convidados do Shakim a.k.a. Kacetado a.k.a. Skunk (afinal não vou morrer sem ouvir um mc americano de que gosto realmente a colaborar com um português). Gostei muito do Rusga, de todo aquele ambiente lo-fi, espero que a qualidade se mantenha, pelo menos.

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... o Stray já sabia que era uma questão de tempo até que ele fizesse um som assim. Tem tanto de improvável como de viciante, word!

Não se faz

Os gajos dos raps que samplam moderada e disfarçadamente roubam música, diz-se. Se calhar estas putéfias que samplam à descarada (ok, não são bem elas) é que dão uma nova vida aos clássicos que destroem...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Por que é que...

... as bebedeiras de que não nos lembramos são as que deixam melhores recordações?

Vou mesmo

dar guito pelo cd do Xeg. Comprei o "Remisturas Vol. 1" quando tinha 14 anos e, tempos mais tarde, percebi que esse era dos maiores erros que se podia cometer e prometi a mim mesmo não voltar a fazê-lo. Estava errado.

Já ouviram bem o último snippet (desta vez completo) que ele dropou no myspace? Se fazem parte do grupo que diz que o Xeg de antigamente está morto e enterrado têm aqui várias provas em contrário. X-E-G v2.0 - o mesmo de sempre com todas as vantagens potencializadas pelo seu mais recente update.

Assim sim

Podem vir actuar a Portugal os maiores hit bangers do mundo, todos os grupos que têm na banda com que se apresentam ao vivo um porta estandarte, qualquer um que encha o Pavilhão Atlântico.

Espero pelo dia em que algum desses senhores se consiga apresentar assim: com esta entrega, com este profissionalismo e com esta cordenação (nada falha, nem mesmo durante o crowdsurfing atabalhoado do Meth).

Tudo sob o cada vez mais surpreendente formato mc+dj+mc de apoio.

sábado, 23 de maio de 2009

V/A

Ando a colar tanto nisto. Está mesmo fixe, tem mil e uma possibilidades (ok, são só algumas, as suficientes para perder uns minutos valentes).

A ver se actualizo o blog a sério quando conseguir retomar a minha rotina normal e uns horários minimamente decentes. Até lá, divirtam-se a ouvir esta pérola, a descobrir que rapper e produtor é que a samplou e que outras músicas têm baixos parecidos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Blackout 2

Aconteceu-me com o resto do álbum o mesmo que se passou com a "A-Yo" - à primeira audição não achei nada de especial mas, depois de ouvir umas quantas vezes, posso dizer que estou a sentir o regresso dos gajos.

O som em questão, apesar de tudo, é tipicamente Red and Mef. O beat não tem muito a ver com eles mas o essencial está lá: andam aos saltinhos no vídeo (o que pode fazer espécie - sempre quis dizer isto - antes de se começar a achar piada) e o som é cool enough depois do primeiro impacto. Tudo bem que a ressaca de Wu-Tang é grande e que a "New Wu" veio facilitar as comparações, mas não se podia esperar que fosse o "Blackout 2" a ressuscitar a mística da crew. A obrigação de soarem a Wu-Tang é quase nula; fazerem o que lhes dá na real gana é inevitável e é disso que o meu povo gosta - e souberam fazê-lo neste single.

O grande problema do álbum é parecer demasiado um projecto a solo do Redman com versos do Meth em todos os sons. Achei-o demasiado próximo do último cd do Red, "Red Gone Wild", e o facto dele ser o primeiro a rimar em quase todos sons não ajuda nada.

De resto, não faltam dicas engraçadas e grandes dicas e produções que, não sendo exuberantes, cumprem o objectivo na perfeição e não sufocam o meu flow favorito. Os dois ou três auto-tunes eram escusados mas vá, são discretos o suficiente para não chatearem muito.

Assim de repente, destaco as faixas "Dangerous Emcees", "Errbody Scream" (senti bastante o Keith Murray), "Mrs. International" (uma grande prestação do Method num instrumental mais smooth, na onda do que já tinha feito na "Ms. Hill") e a enorme "Dis Iz 4 All My Smokers".

terça-feira, 19 de maio de 2009

Rookies do ano

Isto se não contarmos o tempo que já dedicaram à música antes deste projecto paralelo em que trabalham juntos.

Chamam-se Orelha Negra e, segundo o site da sua editora (Enchufada), o quinteto é formado por "Cruz (Dj/Scratches), Ferrano (Drums), Gomes Prodigy (Keyboards, Synths), Mira Professional (Voice Sampler/MPC/Synths) and Rebelo Jazz Bass (Bass and Rythm Guitar)", heterónimos de Cruzfader, João Gomes, Sam the Kid e Francisco Rebelo (membro dos Cool Hipnoise, bem como João Gomes), restando descobrir que cara, provavelmente conhecida, esconde o nome Ferrano - será "Fred, o baterista do Sam? Caga nisso".

A avaliar pelo single - "Lord" - estes rapazes não se juntaram para brincar aos músicos (ou talvez tenham juntado, o que não é necessariamente mau) e vão brindar o público com graaaandes malhas, num álbum que reúne "soul, jazz e hip hop" num só tipo de som.

I never knew you

Tinha mesmo que roubar o post à Nicolau e ajudar à partilha deste vídeo.

Anónimo, foi mais rápido do que pensava(s): aqui está o tal bitaite sobre indie. Se, como tu dizes, há quem pense que isto (no geral) não é rap, mostra-lhes isto (em específico). Tudo bem que rap é um verbo mas, caso se concorde com a conotação da sigla r.a.p. a "rhytm and poetry", é impossível ficar indiferente à poesia de Cage e ao quão rap isto é.

Se bem que continuo a achar que ele, em certos momentos do vídeo, parece o puto do High School Musical enfiado no clip do "HipHop (Sou Eu e És Tu)".

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O teu marido não te engana

Ainda não percebi muito bem como é que pode haver tanta gente a queixar-se do "novo skill" do Xeg. Já li em vários sítios e já ouvi várias pessoas a dizer que ele perdeu o estilo próprio, o swagger.

Como é que é possível ser apreciador de um "estilo próprio" que se baseia na total ausência de técnica (flow, métrica e dicção) e em letras que, apesar de focarem aspectos interessantes/importantes, eram básicas e desprovidas de recursos estilísticos que enriquecessem o texto? Assim sendo, não é preferível ler um jornal? Em 2001 havia desculpa, em 2009 não.

E, ao que parece, o Xeg percebeu isso melhor do que ninguém. Já o público...

Tudo bem que, depois de descobrir a fórmula mágica, ainda não se cansou de a utilizar. A questão é que também explorou um único estilo até à exaustão ao longo da última década, com uma "pequena" nuance: não possuía nenhum dos argumentos de que dispõe agora.

À excepção do single "Liberdade" (falhou ali qualquer coisa), é notório que o novo Xeg tem flow/word play/dicas ("Continuação Parte III", "Na Posse de Rimas", "O Teu Marido Não Te Engana") e, como não podia deixar de ser, conteúdo ("Primeira Vez").

Já há algum tempo que desconfiava deste seu novo fôlego - as grandes prestações de que foi protagonista recentemente nas mixtapes "2780 Oeiras", "Lisa Chu" e "Mike Phelps" deixaram-me de água na boca instantaneamente.

Digam adeus ao Xeg versão intelectual/spoken word e recebam de braços abertos o Xeg versão rap.

(Bambino, oferece o a.k.a. Mad Nigga ao Short Size, ele merece!)

#2 Velhas desculpas

"Fiquei mal-disposto mas nem sequer estava bêbado. Só vomitei porque tinha comido pouco."

domingo, 17 de maio de 2009

#1 Velhas desculpas

"Não é pior... é diferente."

É de mim...

... ou o novo single do Raekwon tem mais de Wu-Tang do que (quase) todo o "8 Diagrams"?

Já para não dizer que também representa melhor the one and only Method Man do que o primeiro som extraído do novo "Blackout 2".

"Tell a friend, it's that symbol again, that W... Throw your W's up!"

Sem querer tirar trabalho

ao http://tugasample.wordpress.com/ (word up!), aqui ficam algumas descobertas casuais que fiz:

Valete - Ele e Ela vs. John Lennon - Come Together (só consegui encontrar a versão live desta música que, ao contrário do original gravado pelos Beatles, se destaca pelo riff tocado na guitarra e não no baixo);

Xeg c/ NBC - Isto É vs. Carlos Paião - Pó de Arroz.

Nota 1: Não linkei o som do Valete porque, diga-se de passagem, dispensa apresentações mas também e principalmente porque, na impossibilidade de o encontrar pelo youtube, não quis ter trabalho a ripar/fazer o upload para um site qualquer.

Nota 2: A versão da "Isto É" disponível no youtube faz parte da mixtape "Tuga Mix" (Dj Cruzfader) e tem alguns bpm a mais do que a música original, presente no álbum "Conhecimento" (Xeg).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Era o que mais faltava

De todas a músicas integrantes do "Relapse" que já ouvi não há nenhuma que não tenha um bom beat e uma letra aceitável, já para não falar na técnica intocada/intocável do Eminem. E, segundo algumas reviews em que já pus os olhos, o álbum tem ainda espaço para alguns conceitos interessantes.

Posto isto...

Eminem, porque é que insistes em estragar tudo (no exception!) com essa entoação de indiano/árabe/ventríloco irritante e ridícula?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

#2 O hiphop chega ao fundo do poço quando...

... quem se queixa do fim da HipHop Nation lê (e consegue ler...) o HipHop HATER e (mas) não compra a Freestyle.

"Jornalismo" cor-de-rosa

Sara Esteves Cardoso, pelo que percebi ao visitar o myspace da própria, é uma grande apreciadora de rap. Em destaque no perfil está Mos Def, via youtube, e um dos posts é dedicado à música "Hope" de Pete Philly & Perquisite com Talib Kweli. As restantes "provas do crime" dividem-se pelo álbum de fotos (flyer de De La Soul no Casino Lisboa) e pelo top de amigos.

Jovem, sempre te perguntaste como é que se mete conversa com "aquela" famosa que passou a 5cm de ti no bar onde vais todas as semanas? Se encontrares a gémea e solteira Sara Esteves Cardoso na Lux, as tuas hipóteses de falar com ela mais tempo do que o suficiente para lhe pagares um shot são 1% superiores às de quem não acompanha o Cantautor à Paisana.

Mais de Pete Philly & Perquisite aqui (colem nas três primeiras músicas).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lanternas

Há já algum tempo que não ouvia um instrumental (fuckin bass) e uma letra assim.

"This beat is repetitive!"

Smooth-E - A Milli Vanilli. Priceless!

Não conhecia até ter andado de volta do "A Milli" no youtube. Mais do mesmo comediante em Susan Boyle Goes Gangsta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

#1 Dá que pensar

Será que as mães também fazem piadas sobre filhos?

Intro

(Instrumental)