quarta-feira, 20 de maio de 2009

Blackout 2

Aconteceu-me com o resto do álbum o mesmo que se passou com a "A-Yo" - à primeira audição não achei nada de especial mas, depois de ouvir umas quantas vezes, posso dizer que estou a sentir o regresso dos gajos.

O som em questão, apesar de tudo, é tipicamente Red and Mef. O beat não tem muito a ver com eles mas o essencial está lá: andam aos saltinhos no vídeo (o que pode fazer espécie - sempre quis dizer isto - antes de se começar a achar piada) e o som é cool enough depois do primeiro impacto. Tudo bem que a ressaca de Wu-Tang é grande e que a "New Wu" veio facilitar as comparações, mas não se podia esperar que fosse o "Blackout 2" a ressuscitar a mística da crew. A obrigação de soarem a Wu-Tang é quase nula; fazerem o que lhes dá na real gana é inevitável e é disso que o meu povo gosta - e souberam fazê-lo neste single.

O grande problema do álbum é parecer demasiado um projecto a solo do Redman com versos do Meth em todos os sons. Achei-o demasiado próximo do último cd do Red, "Red Gone Wild", e o facto dele ser o primeiro a rimar em quase todos sons não ajuda nada.

De resto, não faltam dicas engraçadas e grandes dicas e produções que, não sendo exuberantes, cumprem o objectivo na perfeição e não sufocam o meu flow favorito. Os dois ou três auto-tunes eram escusados mas vá, são discretos o suficiente para não chatearem muito.

Assim de repente, destaco as faixas "Dangerous Emcees", "Errbody Scream" (senti bastante o Keith Murray), "Mrs. International" (uma grande prestação do Method num instrumental mais smooth, na onda do que já tinha feito na "Ms. Hill") e a enorme "Dis Iz 4 All My Smokers".

2 comentários:

Anónimo disse...

grande blog. continua. tenta ser mais diário a escrever eheh. Venho cá todos os dias.

Pedro Santos.

cantautor à paisana disse...

Hei Pedro, obrigado pela motivação!

Vou tentar manter um bom ritmo, abraço